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Lavagem do Adro, uma tradição secular que reúne agradecimentos, celebrações e a diversidade cultural de Pojuca

A Lavagem do Adro de Pojuca, evento com uma rica história que remonta a séculos, continua a brilhar com força, apesar de ter sido realizada com atraso devido às fortes chuvas que caíram na cidade semanas antes

27/01/2025 às 08h44
Por: Redação PN
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Lavagem do Adro, uma tradição secular que reúne agradecimentos, celebrações e a diversidade cultural de Pojuca

A Lavagem do Adro de Pojuca, evento com uma rica história que remonta a séculos, continua a brilhar com força, apesar de ter sido realizada com atraso devido às fortes chuvas que caíram na cidade semanas antes. Nesse domingo (26), a festa manteve sua essência e tradição intactas. Anualmente, milhares de pessoas se reúnem para homenagear o Senhor Bom Jesus da Passagem, em uma mistura perfeita de fé, cultura e turismo. A celebração começou cedo, sob um céu parcialmente nublado, que refrescou o ar, a multidão percorreu os quatro quilômetros que separam o módulo esportivo do bairro da Star da charmosa igreja Matriz.

Em Pojuca, a mistura de religiosidade e folclore criou um cenário mágico. Católicos e adeptos dos orixás se reuniram para homenagear o Senhor do Bom Jesus da Passagem, enquanto turistas e moradores se juntaram à festa, atraídos pela rica cultura local. A Lavagem do Adro de Pojuca foi um testemunho da rica herança cultural do Brasil, onde religião e tradição se fundem em uma celebração única e emocionante. Nesse dia, a cidade se transformou em um palco de celebração e reflexão, onde a fé e a cultura se encontram em perfeita harmonia.

A Festa foi um momento em que a comunidade se reuniu em torno de uma celebração inesquecível! A procissão, começou com as bençãos da babalorixá mãe Bel, em seguida a banda Filhos de Jorge arrastou a multidão em cima do palco móvel, foi um momento de grande alegria e união, recheado de sorrisos e batidas animadas. Além disso, a presença de diferentes grupos de samba, capoeira e música tradicional nos mostrou a rica diversidade cultural da nossa região.

A celebração da festa, que reuniu pessoas de diferentes religiões, foi um momento histórico que refletiu a tolerância e a aceitação mútua. A presença de representantes de religiões como católicos, umbandistas e candomblecistas em frente à igreja Matriz, simbolizou a união e o respeito entre as diferentes crenças.

Elias Santana, aposentado, e sua esposa Rosangela, destacam a importância da celebração da lavagem. Para Elias, essa cerimônia é um momento de renovação e celebração da vida e da saúde. Sua participação na lavagem há quase 30 anos demonstra a força da fé e da crença em um ser superior. Ao agradecer as bênçãos divinas, Elias destaca a gratidão dos fiéis pela saúde, considerada a maior bênção. “A lavagem foi adiada devido às chuvas, mas não me deixei desanimar. Cada ano, sem falha, aproveito a oportunidade de visitar a lavagem, pois é aqui que começo o meu ano novo de forma renovada e celebrada. É uma ocasião especial para refletir sobre a minha vida e, em particular, sobre a nossa saúde, que nos permite alcançar esse momento. Queremos expressar nossa gratidão a Deus, em especial ao Senhor Bom Jesus da Passagem, pelas bênçãos divinas que nos cercam. Pedimos saúde, pois tudo o mais é consequência disso”, finalizou Elias.

O padre Cláudio, pároco da Paroquia Bom Jesus da Passagem, inaugurou a cerimônia religiosa no adro da igreja matriz, acompanhado pelo prefeito Luizinho Trinchão, vereadores, secretários, cidadãos comuns e representantes de outras denominações religiosas. Esse encontro ecumênico demonstrou a mensagem de tolerância e respeito entre as diferentes crenças.

Uma das cerimônias mais emblemáticas da festa foi a lavagem do Adro da Igreja do Senhor Bom Jesus da Passagem, realizada pelas baianas, símbolos do povo de santo e celebrantes de Oxalá. Enquanto o carro pipa refrescava a multidão, as baianas, com potes de água de cheiro, desempenharam seu papel ritual, banhando as cabeças dos fiéis. Segundo Maria Aparecida, uma das baianas, as mulheres utilizam a arruda e a aroeira para limpeza corporal, além do “pemba” de Oxalá, um pó branco que ajuda a acalmar os caminhos. A cerimônia foi seguida pela apresentação dos artista e grupos culturais pojucanos, que animou a festa que ocorria diante da igreja Matriz.

Fonte: Zoom TV

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