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Primeiro encontro das Famílias Atípicas de Pojuca proporciona debate sobre inclusão na cidade

O recente encontro de famílias atípicas em Pojuca consagrou-se como um marco significativo na jornada pela inclusão. O sucesso deste primeiro encontro sinaliza um futuro promissor para a mobilização e o fortalecimento desta importante parcela da comunidade

14/04/2025 às 08h19
Por: Redação PN
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Primeiro encontro das Famílias Atípicas de Pojuca proporciona debate sobre inclusão na cidade

Na noite da última sexta-feira, Pojuca sediou o primeiro encontro de famílias atípicas. O evento, que abordou o tema “Pontes para a inclusão: Unindo Famílias, transformando realidades”, contou com a expressiva presença de diversas famílias, visitantes e profissionais, evidenciando a crescente e urgente necessidade de dar voz a este grupo em nossa cidade.

No início do evento, foi realizada uma dinâmica para promover a interação entre as famílias atípicas e os visitantes. Cada participante recebeu um papel contendo uma frase e um número correspondente ao seu assento.

As famílias atípicas foram instruídas a ler frases que expressavam desafios ou reflexões sobre suas experiências cotidianas. Simultaneamente, os visitantes liam frases que ofereciam perspectivas de resposta, apoio ou compreensão em relação às dificuldades apresentadas pelas famílias. Essa atividade inicial buscou criar uma conexão empática e um diálogo entre os dois grupos.

O encontrou contou com a ilustre presença de Renan Fonseca, o primeiro vereador com o Espectro do Transtorno Autista do Nordeste. Renan também é palestrante MEI e durante seu discurso, ele falou sobre sua historia de vida e enfatizou a relevância da família e do ambiente escolar no processo de desenvolvimento e inclusão.

“Este evento é de extrema importância para mim. A cidade de Pojuca, a Câmara de Vereadores, a organização do evento e a associação responsável estão de parabéns. Que ocorram mais eventos como este, porque isso fica na história da cidade e outros municípios podem usar como exemplo. Lá em Juazeiro, nós fizemos a primeira audiência pública na história da cidade, já no meu mandato como vereador.” Disse Renan.

O vereador demonstrou satisfação após os vereadores de Pojuca manifestarem interesse nos projetos que ele mencionou durante a palestra.

“Fico feliz que os vereadores de Pojuca tenham interesse em buscar esses projetos nossos que temos lá em Juazeiro, nós estamos abertos ao povo de Pojuca. Obrigado pelo convite, quero vir mais vezes aqui”. Finalizou Renan.

A psicóloga Acilana Pinto também foi uma das palestrantes do evento. Em sua apresentação, ela compartilhou informações importantes, como as razões históricas e conceituais que levaram à criação do termo “TEA” (Transtorno do Espectro Autista). Além disso, a psicóloga proporcionou um ambiente seguro para que os participantes pudessem compartilhar suas próprias vivências, desafios e experiências, permitindo que as pessoas se sentissem ouvidas e acolhidas.

Em sua entrevista à Zoom TV Brasil, Acilana abordou estratégias para tornar a comunidade um espaço mais acolhedor e inclusivo para famílias atípicas. Segundo ela, o primeiro passo para a inclusão reside na compreensão das limitações e dificuldades específicas enfrentadas por essas pessoas.

O encontrou terminou com a entrega dos crachás para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista, familiares e pessoas com outros tipos de deficiências ocultas, como o TDAH por exemplo.

A advogada Fernanda Cunha, graduada em direito pela UFBA e atuante na defesa dos direitos das pessoas com deficiência (PCDs), enfatizou a imprescindibilidade de incluir as famílias atípicas no debate sobre inclusão.

“A gente não pode falar de pessoa com deficiência sem incluir as pessoas com deficiência nesse debate, principalmente as famílias atípicas, as mães atípicas que exercem esse papel de cuidado. Geralmente são mães solteiras que exercem esse papel extenso de cuidado”. Destacou Fernanda.

A advogada fez questão de reforçar sua perspectiva, compartilhando um lema que considera essencial.

“Então o lema é: Nada sobre nós sem nós. Não dá pra falar de inclusão sem incluir as famílias atípicas nesse processo, que também é de conscientização; elas passam por essa etapa de formação sobre a importância da mobilização delas enquanto um coletivo para alcançar melhorias e, de fato, alcançar também uma sociedade mais inclusiva e mais justa para as pessoas com deficiência.” Completou ela.

O recente encontro de famílias atípicas em Pojuca consagrou-se como um marco significativo na jornada pela inclusão. O sucesso deste primeiro encontro sinaliza um futuro promissor para a mobilização e o fortalecimento desta importante parcela da comunidade.

Fonte: Zoom Tv

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