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Comunidade do Riachão, em Pojuca, enfrenta falta de transporte público, afetando rotina e acesso a serviços essenciais

“Aqui em Riachão, a situação é particularmente grave: não há transporte público”, desabafa uma moradora que prefere manter sua identidade em segredo. Muitos habitantes da região se sentem abandonados, pois dependem do serviço para suas atividades diárias

17/03/2025 às 09h36
Por: Redação PN
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Comunidade do Riachão, em Pojuca, enfrenta falta de transporte público, afetando rotina e acesso a serviços essenciais

Em Riachão, comunidade rural do município de Pojuca, localizada a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade, moradores enfrentam um drama que se arrasta há anos: a falta de transporte público. Isso leva a uma situação precária e dispendiosa para se deslocar até o centro da cidade, onde há oportunidades de trabalho, estudos e acesso a serviços essenciais.

“Aqui em Riachão, a situação é particularmente grave: não há transporte público”, desabafa uma moradora que prefere manter sua identidade em segredo. Muitos habitantes da região se sentem abandonados, pois dependem do serviço para suas atividades diárias.

Durante os períodos eleitorais, políticos prometem resolver o problema, mas após a eleição, a situação permanece inalterada. “Entram prefeito, sai prefeito, e continuamos sem transporte público, somos obrigados a mendigar caronas”, lamenta a moradora.

A ausência de transporte público afeta diretamente a rotina dos moradores. Trabalhadores enfrentam dificuldades para cumprir horários, enquanto idosos e pessoas com mobilidade reduzida se sentem isolados. “Estamos vivendo um isolamento e abandono. Precisamos que a prefeitura olhe para nossa comunidade e tome providências urgentes, não aguentamos mais”, apela a moradora.

Os impactos são evidentes: muitos moradores são obrigados a pagar por transporte alternativo, como moto-táxis e serviços de aluguel , o que compromete o orçamento familiar, ou a enfrentar longas caminhadas. “É um descaso com a população. Precisamos de uma solução imediata, pois estamos à mercê das promessas vazias”, critica João Santana, um trabalhador local.

De acordo com um morador que também prefere o anonimato, o percurso entre o centro de Pojuca e o Riachão, ou vice-versa, custa aproximadamente R$ 30,00 em corrida de mototáxi, R$ 80,00 a R$ 100,00 em transporte por aplicativo, táxi ou carro de aluguel, dependendo do volume das compras transportadas. Além disso, alguns moradores do Riachão oferecem transporte por viagem e linhas, cobrando entre R$ 10,00 e R$ 15,00, mas os preços variam. Para muitos pagar diariamente esses valores se torna inviável. Em busca de alternativas, a maioria dos moradores pede favor para pegar carona nos ônibus escolares, que ficam frequentemente lotados e colocam em risco tanto os alunos quanto os moradores.

Impacto na Comunidade

Além das dificuldades de locomoção, a falta de transporte público também impede o acesso a serviços essenciais, como consultas médicas e a compra de alimentos, tornando a situação ainda mais crítica. A comunidade, que se sente esquecida pelas autoridades, clama por uma resposta efetiva.

A situação de Riachão é um reflexo de um problema mais amplo que afeta diversas localidades rurais no município de Pojuca. O apelo dos moradores é claro: exigem que os gestores públicos não apenas ouçam suas reivindicações, mas que também tomem medidas concretas para garantir o direito à mobilidade e ao acesso aos serviços básicos.

Em um momento em que o acesso à infraestrutura e à mobilidade urbana é um tema central nas pautas políticas, o caso de Riachão não pode ser ignorado. A comunidade aguarda uma resposta que traga esperança e dignidade a sua condição de vida.

O que diz a prefeitura de Pojuca

A reportagem entrou em contato com a Superintendência de Trânsito e Transporte do município (STT), o órgão informou que está em andamento um estudo para melhorar a mobilidade urbana em Miranga, Riachão e Araponga. O objetivo é otimizar o transporte público municipal por meio do Plano de Mobilidade Urbana. Fabiano Matos, Chefe de Fiscalização e Operação de Trânsito da STT, esclareceu que o estudo já está em execução e a superintendência está contratando uma empresa para realizar o PlanoMOB. “A STT está realizando um levantamento das necessidades de transporte em cada localidade. Com a municipalização da responsabilidade do trânsito, a STT assume a gestão do transporte público, incluindo ônibus, táxi, mototáxi, vans e splinter. A população será informada sobre os detalhes do plano, que visa melhorar a mobilidade urbana e garantir um transporte público eficiente e seguro”. Conclui Fabiano Matos.

Fonte: Zoom Tv

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